terça-feira, 29 de julho de 2014

O humor e a violência

Tendo como plano de fundo principal a Primeira Guerra Mundial, a exposição, tendo estreado no dia 26 de Julho, às 15h00, no Museu Nacional da Imprensa, no Porto, "Guerra, Censura, Humor" pretende mostrar assuntos trágicos do ponto de vista de quem vê o lado positivo, ou, ao menos, cómico.


Serão expostos dezenas de jornais, revistas, cartas e postais. Uns cómicos, outros, alvos de forte censura.
Mas a exposição, não esquecendo a gravidade do assunto, também integra cerca de 40 imagens da autoria de Louis Raemaekers, a mostrar a atrocidade e violência da guerra.


Em 2013 iniciou-se uma vasta pesquisa seguindo a ideia de Humberto Marcos, que culminou nesta exposição, a não perder até 30 de Setembro.




Fonte: Expresso

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A Fábrica Museu




Quem pensa na Marinha Grande, lembra-se dos belos trabalhos em vidro que aí se faziam e que caracterizaram durante dois séculos e meio esta pequena cidade, de população operária. Esta indústria teve início com uma Fábrica, que actualmente é o Museu do Vidro.  

Devido a circunstâncias diversas, nas quais se incluiu os recursos naturais existentes nesta região (extensas florestas, areias silicosas, kali e a proximidade de boas argilas), em 1748 a Real Fábrica dos Vidros passou de Coina para a Marinha Grande, tendo esta ficado sob a administração de John Beare.



Mas só a partir de 1769, com a administração de Guilherme Stephens, e sob o protecionismo do Marquês de Pombal, é que se assiste ao desenvolvimento da industria vidreira. Seguindo as instruções de Pombal, Stephen adquire os terrenos onde se situava a velha fábrica de John Beare, e o que restava desta, e com a ajuda do pessoal vidreiro que ficara sem emprego com o encerramento daquela, conseguem repor a laboração da mesma em tempo record.
À morte de Guilherme, segue-se o irmão deste, João Diogo Stephens, que continua o trabalho do irmão, até à sua própria morte em 1826. SeIguindo o testamento de Diogo Stephens, a fábrica é  legada à Nação, passando por várias administrações até à entrega desta, em 1919, a uma Comissão Administrativa, constituída por membros do Governo e marinhenses.
A Comissão não teve sucesso e acabou por desmembrar-se, seguindo-lhe a administração de Acácio Calazans Duarte, até 1966, que consegue recuperar a fábrica. A designada de "Fábrica Escola dos Irmãos Stephens", em 1954, passou a empresa pública depois do 25 de abril de 1974, e posteriormente, a Sociedade Anónima, que devido às administrações e conflitos laborais, encerra a 29 de maio de 1992.




Apesar de ser uma referência vidreira, esta industria teve um decaimento nas últimas décadas na região, vindo a ser substituída por industrias diversas, de moldes, plásticos, cartão, etc. Mas foi e sempre será esta indústria a caracterizadora da região e das suas gentes.


terça-feira, 22 de julho de 2014

O preto e o branco

O Oriente aproxima-se do Ocidente a cada momento que passa. Mas ainda assim, apesar do cada vez maior contacto entre as diversas culturas, à vista dos ocidentais aquele continua a ter algo de mágico, exótico e mesmo, intransponível. Mas porquê? 

Dizem que uma imagem vale por mil palavras, a imagem é o momento, que já não passa, que ficou agarrado, que estará vivo enquanto esta existir.


A decorrer de 17 de Julho a 14 de Setembro, no Museu do Oriente, de entrada livre,  na exposição de fotografia "Escrita na Água, imagens do quotidiano da Índia e do Japão" de Paul Kohl, visitante obterá da Índia "a rasa, filosofia indiana cujo termo designa a verdadeira essência da obra de arte e também o estado mental de toda e qualquer criação artística" e do Japão "o silêncio" cujas fotografias "causam um impacto profundo na medida em que transmitem uma estranha ilusão de paragem no tempo".



























Paul Hohl licenciou-se em Belas-Artes no San Francisco Institute in Photography e o mestrado na Purdue University, Lafayette, Indiana. Professor convidado de Fotografia na Nanyang Technological University, em Singapura, os seus trabalhos encontram-se espalhados por diversos países do mundo, como Japão, Canadá, Estados Unidos, Malásia e Singapura.



quinta-feira, 17 de julho de 2014

Tentações

O pastel de nata ganhou o seu merecido lugar seja a nível nacional quanto internacional, mas os doces de Portugal vão muito além deste delicioso pastel.

Um dos tipos de doçaria muito apreciados é a doçaria conventual. Esta terá tido origem em Portugal no século XV, quando o açúcar passou a fazer parte da gastronomia tradicional dos conventos. Até à altura o principal adoçante era o mel, mas com a colonização da Ilha da Madeira e consequente cultivo da cana do açúcar, este produto tornou-se mais acessível.

Este tipo de doçaria caracteriza-se, na sua maioria, pelas grandes quantidades de açúcar e ovos utilizados na sua confecção.
A lista de doces é extensa e abrange todas as regiões de Portugal e, o mesmo doce pode variar de região para região e mesmo de convento para convento.

Alguns exemplos (por região):

Minho

            
Charutos de Ovos
 (foto: http://geracoes-sobremesas.pt/site/)
   
Clarinhas de Fão
(foto: http://cemporcentoeditores.blogspot.pt/)



Douro Litoral
Beijinhos de Freira
(foto: http://docesportugueses.com/vila-do-conde/)

terça-feira, 15 de julho de 2014

A beleza do subterrâneo

As Grutas de Mira de Aire (ou Gruta dos Moinhos) são as maiores grutas turísticas de Portugal. Localizadas a 15 km de Fátima e a 110 de Lisboa, são uma das 7 Maravilhas de Portugal. A extensão das grutas já chega aos 11 km, mas aos 600 m já podem ser visitadas turisticamente.

Constitui um dos mais importantes sistemas subterrâneos do Maciço Calcário Estremenho e é caracterizado por dois colectores paragenéticos fósseis, de diâmetro aproximadamente decamétrico, com afluentes e um conjunto de galerias semi-activas.
A primeira fase na evolução do sistema é representado por galerias freáticas superficiais, de pequeno diâmetro, a segunda pelo colector paragenético da Galeria Gémea, a terceira pela Galeria Grande e os seus afluentes e a última pelas galerias activas e semi-activas dos andares inferiores.



Na sequência da descoberta das Grutas, alguns dos primeiros exploradores resolveram formar em 1948, a Sociedade Portuguesa de Espeleologia - a primeira associação portuguesa do género.

Mas para além das grutas , o visitante pode saborear os sabores tradicionais no restaurante, ficar alojado na Casa da Gruta ou ir até ao Parque Aquático.

Faça uma visita virtual em  http://www.grutasmiradaire.com/?link=35


Mira de Aire é uma freguesia portuguesa do Concelho de Mós, com 16,77 km2 e 3775 habitantes (2011). Passou a vila a 10 de Abril de 1933.
O território é atravessado pelo Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.




Fontes: www.grutasmiradaire; wikipédia  Fotos: internet

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Viagem no Tempo

Quem pensa em Óbidos, certamente que uma das primeiras imagens que lhe ocorrerá é o da Ginjinha de Óbidos. Mas este excelente licor, que cada vez ganha mais espaços nos mercados exteriores, não é a única atracção que esta bela e atractiva vila tem para oferecer.

A decorrer entre 10 de Julho e 3 de Agosto de 2014, o  Mercado Medieval de Óbidos (aberto de Quinta-Feira a Domingo) é um evento de recriação histórica que torna a Vila de Óbidos num burgo da Idade Média. Para além dos bobos, cuspidores de fogo, dançarinos, músicos e jograis que invadem a vila, o visitante tem oportunidade de se tornar um verdadeiro habitante da época vestindo-se com as roupas da altura e provando os sabores medievais, e muito mais.



Para mais informações, visite o site http://mercadomedievalobidos.pt/



A Vila de Óbidos pertence ao distrito de Leiria, na região Centro e faz parte da Região de Turismo do Oeste e tem cerca de 3.300 habitantes
O nome Óbidos é originária do latim ópido, «cidadela», «cidade fortificada». Nas suas proximidades ergue-se a povoação romana de Eburobrício.



Tomada aos Mouros em 1148, recebeu a primeira carta foral em 1195, durante o reinado de D. Sancho I. Esta pequena vila foi parte do dote de várias rainhas de Portugal, em que se incluíram Urraca de Castela (esposa de D. Afonso II, Rainha Santa Isabel (esposa de D. Dinis), Filipa de Lencastre (esposa de D. João I), Leonor de Aragão (esposa de D. Duarte, Leonor de Portugal (esposa de D. João II).

Em 1527, viviam 161 habitantes na vila, sendo que a área amuralhada já era idêntica à actual (14,5 ha).
Foi por causa de Óbidos que nasceu o concelho das Caldas da Rainha, que antes se chamava Caldas de Óbidos, mas ficou assim conhecido devido às temporadas que a rainha D. Leonor passou nesta região.
A 7 de Julho de 2007, o Castelo de Óbidos passou a figurar entre uma das Sete Maravilhas de Portugal.


Fontes: Várias

terça-feira, 8 de julho de 2014

Música na Cidade Invicta

Durante uma semana, a Casa da Música, no Porto, será a "Casa do Mário".
O compositor e intérprete Mário Laginha foi escolhido para inaugurar um novo espaço que inclui um ciclo de concertos. Será possível ouvir o músico a interpretar duas obras suas com orquestra sinfónica e com ensemble, "como solista inesperado num concerto de Bach, como líder de um dos seus trios de jazz e finalmente como programador, escolhendo alguns dos compositores com os quais mais se identifica", segundo o Jornal Público.
Ao pedirem para escolher um músico da nova geração, este escolheu Ricardo Toscano de 20 anos. O compositor defendeu que os festivais de jazz deveriam ter uma programação mais portuguesa. "Às vezes existe uma espécie de complexo qualquer de que os de fora são os especiais."

Mário João Laginha dos Santos, nasceu a 25 de Abril de 1960 e é um pianista e compositor português na área do jazz. Mas conforme é possível descobrir no seu site (www. mariolaginha.org), o jazz é a "sua casa", mas é possível encontrar um pouco de tudo na sua obra, sendo que o resultado final é "música".




Programação (Sala Suggia, Casa da Música): 


08/Jul/14 às 19h30: "Até aos Ossos" - Remix Ensemble Casa da Música, Direcção de Peter Rundel com Mário Laginha no Piano e Julien Argüelles no Saxofone.

12/Jul/14 às 21h00: Laginha ao Piano, com Orquestra Sinfónica do Porto. Direcção de Peter Rundel. Obras de Bartók, Bach, Laginha e Zimmerman.

13/Jul/14 às 21h00: Mário Laginha Trio, com Mário Laginha no piano, Julien Argüelles no saxofone e Helge Norbakken nas percussões.



Fontes: Jornal Público; MárioLaginha.org; Wikipédia

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Único


Numa época em que se questiona tanto a identidade, a individualidade e a própria posição de cada um na sociedade, o que somos, onde pertencemos, qual o nosso papel perante os outros e perante nós mesmos... O M76 recomenda um filme para este fim-de-semana, "O Homem Duplicado", um filme de Denis Villeneuve, com Jake Gyllenhaal, Mélanie Laurent, Sarah Gadon e Isabella Rossellini.



Adam é um acomodado e infeliz professor universitário. Ao ver um filme apercebe-se que o ator é uma cópia exacta de si. Obcecado pela imagem do outro decide descobrir tudo acerca daquela pessoa. Ao conhecerem-se apercebem-se que não têm qualquer parentesco entre si, o que poderia justificar a semelhança. Começam a questionar a sua identidade como seres únicos e insubstituíveis. Mas o que descobrem, virá a marcar não só a eles, mas também aos que os rodeiam.


Fonte: Cinecartaz

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Poemas e Contos

Ontem deu-se a transladação do corpo de Sophia de Mello Breyner Andresen, do Cemitério de Carnide para o Panteão Nacional, em Lisboa.
Em Fevereiro passado a Assembleia da República decidiu por unanimidade dar honras de Panteão Nacional à  escritora.
A arca tumular da poetisa e contista encontra-se na mesma sala do general Humberto Delgado e do escritor Aquilino Ribeiro.

Fundo do Mar

No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.

Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso

(Em Obra Poética, Caminho)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Chiado After Work 2014

O Chiado After Work está de volta!

Como tem acontecido em edições de anos anteriores, (tendo o ano de 2010 sido marcado pelas 1350 "receitas anti-stress", com o objectivo de libertar as emoções ao convidar as pessoas a escreverem-nas num prato e atirá-lo contra a parede) as tardes e noites do Chiado ganham ainda mais vida, com diversos eventos culturais e comerciais a decorrer de 27 de Junho a 27 de Julho.

Chiado After Work 2010

Depois de um dia de trabalho, nada melhor do que ir passear um pouco para descontrair, seja com um jantar, uma ida ao teatro, ir ver uma exposição, fazer compras com as melhores promoções ou simplesmente juntar-se com os amigos para conviver.

Esta iniciativa é promovida pela Associação de Valorização do Chiado, uma associação sem fins lucrativos, que pretende dinamizar o comércio e a cultura urbana da área. De ano para ano tem havido cada vez mais aderentes, inclusive este ano o supermercado biológico Brio, que funcionará em horário alargado, no qual irão decorrer degustações e na cafetaria Origem, poder-se-é jantar pratos biológicos ao mesmo preço que na hora de almoço. Mas também outros restaurantes que aderiram este ano como o Fábulas, o Amo-te Chiado, o Royal Café, a Brasileira, o Nood, a Gardénia Café & Fruit Bar.

Mas  Chiado After Work 2014 oferece-lhe muitos outros eventos. Alguns exemplos:

6º Festival ao Largo, no Teatro Nacional de São Carlos



Blog, coworking and more, exposição do artista plástico Kiko