terça-feira, 30 de setembro de 2014

Leituras

O colonialismo não é certamente algo que pertence ao passado, pois este moldou a mentalidade de gerações, culturas, provocou o nascimento de novos pensares, de novos conceitos. Foi verdade para muitos europeus e foi certamente verdade para Portugal.
Quando agora se fala em Portugal, pensa-se num pequeno país à beira da Europa, com dois arquipélagos, mas não há muitas décadas atrás, era visto como algo de muito mais vasto que abrangia vários continentes e que ainda se encontra no pensar natural das gerações mais velhas.
Mas desengane-se quem pensar que só as gerações mais velhas foram influenciadas por este fenómeno, também as mais novas, filhas de colonos, e em contacto com estes. 
Hoje o intercâmbio cultural, económico e social é uma realidade entre os países colonizadores e os colonizados, tentam-se sarar feridas e tenta-se descobrir verdades. O tempo passa e os corações acalmam-se e com isso vem um reflectir mais sóbrio e incisivo.

Nesse sentido o livro "Do colonialismo como Nosso Impensado", de Eduardo Lourenço,  vem tentar fazer uma amostragem da realidade do colonialismo, não só como um acontecimento trágico, mas como algo que foi muito para além disso, como uma aventura que cobriu séculos e que se tenta apagar.


«Deste naufrágio de uma raça toda a gente se lembra, excepto os portugueses. Das epopeias que perduram neste país tão folclórico nem uma página o relembra. A História trágico-marítima é a dos portugueses devorados pelo mar e pelos autóctones. Este espantoso silêncio esconde a aventura colonial, a mais pura de toda a história. Tão pura que hesitamos chamá-la colonialista.»





terça-feira, 9 de setembro de 2014

Feira da Ladra

A Feira da Ladra é uma das feiras mais conhecidas de Lisboa e dedica-se ao comércio de velharias, objetos de segunda mão e artesanato. 

Remonta ao século XIII, provavelmente ao ano de 1272, onde se localizava no Chão da Feira ao Castelo. É já no ano de 1552 que surge a primeira notícia da realização da Feira no Rossio. 
Em 1610 aparece a designação "Feira da Ladra" numa postura oficial.
Depois do terramoto de 1755 instalou-se na Cotovia de Baixo (atual Praça da Alegria), estendendo-se pela Rua Ocidental do Passeio Público.
Em 1823 foi transferida para o Campo de Santana, onde funcionou durante cinco meses, até voltar novamente para a Praça da Alegria.



No ano de 1835 volta para o Campo de Santana até 1882, quando passa para o Campo de Santa Clara, onde funciona às terças feiras. No ano de 1903 o horário da feira é alargado passando a funcionar igualmente aos sábados.



Fonte: Wikipédia

terça-feira, 2 de setembro de 2014

As oficinas de Tróia

Tróia alberga nas suas areias o maior complexo de salga de peixe conhecido do mundo romano. Funcionou entre os séculos I d. C. e VI d. C., e chegou a ter 25 oficinas de diferentes dimensões, em que a maior ultrapassaria mil metros quadrados, com uma capacidade de produção de 463 m3.

Durante muito tempo produziu-se neste complexo conservas e o famoso garum romano (tipo de condimento muito usado na Antiguidade e exportado para várias partes do Mediterrâneo).

As ruínas estão classificadas como monumento nacional desde 1910.



A península de Tróia é uma restinga arenosa com mais de 25 km de comprimento e 0,5 a 1,5 km de largura. Situa-se no litoral da freguesia de Carvalhal, no concelho de Grândola, entre o oceano Atlântico e o estuário do rio Sado.