quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Monsanto

Monsanto, considerada a aldeia mais portuguesa de Portugal, localiza-se no concelho de Idanha-a-Nova, 
com 131,95 km2 e 829 habitantes (2011), é uma aldeia fantástica, construída por entre penhascos e em perfeita harmonia com o meio envolvente.

É uma das aldeias histórias de Portugal e é construída em pedra granítica.
A aldeia avista-se na encosta de uma grande elevação escarpada, o Cabeço de Monsanto (Mons Sanctus). Situa-se a nordeste de Idanha-a-Nova e irrompe repentinamente do vale. No seu ponto mais elevado chega aos 758 metros.

A presença humana no local chega até ao paleolítico. A arqueologia mostrou igualmente que o local foi habitado pelos romanos, mas que existem também vestígios de passagem visigótica e árabe. Após os mouros terem sido derrotados por D. Afonso Henriques, o lugar foi doado, em 1165, à Ordem dos Templários que sob orientações de Gualdim Pais, mandou construir o Castelo de Monsanto. O foral foi concedido pela primeira vez em 1174 pelo Rei de Portugal e rectificado, sucessivamente, por D. Sancho I (1190) e D. Afonso II (1217).

D. Sancho I repovoou e reedificou a fortaleza que, entretanto, havia sido destruída nas lutas contra o Reino de Leão. Um século depois, voltaria a ser reparada pelos Templários.


Em 1308, o Rei D. Dinis deu Carta de Feira e, em 1510, D. Manuel voltaria a outorgar novamente o foral e concedeu à aldeia a categoria de vila.

Já em meados do século XVII, Luís de Haro (ministro de Filipe IV de Espanha), tenta cercar sem sucesso Monsanto. No século XVIII, o Duque Berwik também cerca a vila, mas o exército português, comandado
pelo Marquês de Mina derrota o invasor nas difíceis escarpas que se erguem até ao Castelo. Monsanto foi sede de concelho no período 1758-1853. Em 1815 um grave acidente, provocado por um raio destruiu o seu Castelo medieval, pela explosão do paiol de munições.

Nas últimas décadas, Monsanto tornou-se popularmente conhecida como "a aldeia mais portuguesa de Portugal", exibindo o Galo de Prata, troféu da autoria de Abel Pereira da Silva, cuja réplica permanece até hoje no cimo da Torre do Relógio ou de Lucano. Um pouco por toda a parte foram depois colocadas réplicas do Galo de Prata, quer em igrejas, torres ou outros monumentos de todo o país.