segunda-feira, 29 de junho de 2015

Lagoa do Fogo

A Lagoa do Fogo é uma das maiores lagoas dos Açores e a segunda maior da Ilha de São Miguel, tendo sido classificada em 1974 como reserva natural.



A Lagoa faz parte da Rede Natura 2000, por ter sido classificada como 'zona especial de conservação', a 28 de Dezembro de 2001.
Com uma área de 1.360 ha, tem uma dimensão razoável tendo em conta as dimensões da ilha.
O vulcão do Fogo dá forma ao grande maciço vulcânico da Serra de Água de Pau, localizado na zona central da Ilha de São Miguel. A zona encontra-se rodeada por uma densa e exuberante vegetação endémica.

A caldeira vulcânica, tal como o vulcão, que lhe deu forma, é a mais jovem da Ilha de São Miguel e ter-se-á formado há cerca de 15.000 anos. A sua configuração atual é o resultado do último colapso, tido como importante e que se deu no topo do vulcão, há aproximadamente 5 mil anos. A última erupção deu-se em 1563.

Esta lagoa é a mais alta da Ilha de São Miguel por se encontrar localizada no cimo de uma montanha, cujo ponto mais elevado se eleva a 949 metros. Localiza-se no topo do grande vulcão do Fogo, também conhecido como vulcão de Água de Pau. 

A lagoa, por se encontrar no centro da caldeira, localiza-se a uma cota bastante mais baixa, a 575 metros. A profundidade máxima são 30 metros.

Dentro de todo o perímetro da reserva natural, lagoa, caldeira, e vertentes da mesma, destacam-se bastantes espécies de plantas endémicas dos Açores: é o caso do cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), o louro (Laurus azorica) e o sanguinho (Frangula azorica). Surgem ainda a malfurada (Hypericum foliosum), a urze (Erica azorica) e o trovisco-macho (Euphorbia Stygiana).

A principal fauna, aqui representada pelos pássaros de pequenas dimensões é muitas vezes acompanhada por aves de grande porte como as aves de rapina. Assim, surge nos ares da lagoa, além das aves caracteristicamente terrestres como o pombo-torcaz-dos-Açores (Columba palumbus azorica), o milhafre ou queimado (Buteo buteo rothschildi), a alvéola-cinzenta (Motocilla cinérea) e o melro-preto (Turdus merula azorensis), as aves marinhas como a gaivota (Larus cachinnans atlantis) e o garajau-comum (Sterna hirundo).


Fonte: wikipédia

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Os encantos dos Santos



Junho é o mês dos santos populares e das tradicionais festas que trazem às cidades mais cor e alegria.

Estas festividades têm as suas origens nos antigos rituais pagãos do solstício de verão, cuja tradição foi continuada pelo cristianismo ao passar a celebrar nestas alturas dois dos mais tradicionais santos de Portugal, Stº António (celebrado em Lisboa) e S. João (celebrado no Porto).

Nesta altura o cheirinho a sardinhas assadas invade as ruas, o vinho jorra nos copos (atualmente, mais a cerveja), a música e os folguedos invadem as cidades em romarias e marchas povoadas de arcos e balões, não esquecendo o cheirinho dos manjericos No Porto o povo é benzido com alho-porro e os martelinhos coloridos não dão sossego a qualquer cabeça. Nalguns locais, salta-se a fogueira para dar sorte e compra-se o manjerico que se cheira com a mão, para não murchar.
Uma das tradiçóes que se tem perdido com o passar dos tempos, é o das crianças armarem à porta de casa o trono do santo e pedirem um tostãozinho por Santo António ou São João.


Nos tempos antigos tudo começava com a passagem do inverno pela primavera, do ciclo natural da fecundidade dos solos e da aproximação das colheitas. Era então necessário afastar as secas, as doenças e a esterilidade com rituais e sacrifícios. O homem e a mulher tinham uma relação mais direta e íntima com a Natureza, um respeito e adoração místicas por um universo comum no qual se reviam. Por esta razão, não espanta que ainda hoje Santo António e São João tenham a grande responsabilidade de serem os santos casamenteiros.

Segundo a tradição a água das orvalhadas da madrugada de São João tem poderes excecionais de


purificação, regeneração e proteção, garantindo amores felizes e casamento próximo, para além de proporcionar vigor aos idosos e beleza aos jovens.

Este simbolismo universal das águas também se observa nos poderes místicos de certas plantas, como o alho-porro, o manjerico, a alcachofra, o cardo ou a cidreira. A alcachofra tem o poder de adivinhar a realização do casamento, devendo por isso ser queimada ou chamuscada na véspera do dia 24, à meia-noite, na fogueira de São João - "Em louvor de São João, para ver se [ ...] me quer bem ou não" - e deixada ao relento, enterrada num vaso.

O casamento está garantido se a planta reflorir no dia seguinte.

A tradição das fogueiras de São João está relacionada com o ancestral culto do Sol, em que o fogo simboliza o poder purificador e fertilizante. O saltar da fogueira está estreitamente ligado à saúde, ao acasalamento e à fecundação.



Os festejos têm inicio com Santo António no dia 13, e Lisboa viria a elegê-lo seu patrono.

Protetor dos marinheiros e das raparigas casadoiras nasceu Fernando de Bulhões em Lisboa, a 15 de agosto de 1195, e morreu António em Pádua, com 36 anos. Desassossegado e suportando a custo os constrangimentos das leis dos homens, não conhecia outra vontade senão a de Deus. Pregador exímio, a sua missão evangelizadora e os seus muitos milagres valeram-lhe um culto popular que se intensificou nos séculos XV e XVI. O povo trata-o por tu e põe-lhe o Menino ao colo. Quanto mais o venera mais dele espera e por isso as raparigas castigam-no, mergulhando-o de cabeça na água ou voltando-o contra a parede, se os seus pedidos de casamento e namoro não são atendidos. É famoso o responso ao Santo António por objetos perdidos ou pessoas sem paradeiro. Segundo Teófilo Braga "é adorado como um feitiço contra todos os males, e como tal também amarrado, exposto ao relento ou deitado num poço para satisfazer o que se lhe pede".


Já a véspera de 24 de junho é a altura de São João Batista, o "apóstolo do amor" que terá nascido a 24 deste mês, anunciado pelo anjo Gabriel, e foi o precursor do Messias, a quem batizou como estava determinado. Morreu a pedido de Salomé, que exigiu a sua cabeça por indicação de sua mãe Herodíades, com quem Herodes mantinha uma relação ilícita. A festa de São João tem no Porto o seu maior expoente e dimensão, assumindo quase um carácter mágico pela forma intensa como os seus habitantes vivem a festa.


Fonte: Infopédia

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A Feira

De que se tenha conhecimento, a feira mais antiga de Portugal é a Feira de Ponte de Lima, com um foral outorgado por D. Teresa a 4 de março de 1125 a esta povoação - o que faz com que seja mais antiga que a fundação de Portugal.

Como curiosidade, é o facto de que a todos que fossem à feira, tanto nacionais quanto estrangeiros, seria assegurada a sua segurança desde oito dias antes até oito dias depois do evento, na ida e na volta, contra qualquer responsabilidade civil ou criminal.

Com 890 anos de existência, a Feira de Ponte de Lima continua a realizar-se quinzenalmente, na margem esquerda do rio.