quarta-feira, 4 de março de 2015

MARQUÊS DE POMBAL É DEMITIDO

A 04 DE MARÇO MAS DE 1777 É DEMITIDO O MARQUÊS DE POMBAL
D. MARIA I QUE TINHA ACABADO DE SUBIR AO TRONO HÁ OITO DIAS, DEMITE O MARQUÊS DE POMBAL, MINISTRO DE SEU PAI D. JOSÉ I  E AFASTA-O DE LISBOA.

"Sebastião José de Carvalho e Melo, ministro de D. José I, obteve a confiança total do monarca e governou o país despoticamente, eliminando toda e qualquer resistência.
Dos factos mais notáveis da sua carreira destacam-se: a reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1 de Novembro de 1755; a cruel repressão do atentado contra D. José I; a perseguição feita à Companhia de Jesus, que culminou com a sua expulsão e o confisco dos seus bens; a supressão das diferenças entre cristão-novos e cristãos-velhos; a reorganização da instrução pública; a reforma da Universidade de Coimbra; a reorganização do exército, que foi confiada ao conde de Lippe; as medidas a favor da agricultura, da indústria e do comércio; a criação das companhias do Grão-Pará, Maranhão e Paraíba e a dos Vinhos do Alto-Douro; a criação da Aula do Comércio; a fundação da Imprensa Régia e do Colégio dos Nobres; a criação do erário, etc. Encarregou o célebre escultor Machado de Castro de criar a estátua equestre do soberano.
Após a morte de D. José I a 24 de Fevereiro de 1777, D. Maria I subiu ao trono e o marquês de Pombal pôde perceber que triunfavam os seus inimigos.
Oito dias depois, a 4 de Março, D. Maria demitiu o ministro do seu pai, ordenando-lhe que se recolhesse à sua casa de Pombal.
Em seguida abriram-se as portas dos cárceres aos numerosos presos que a política severa do Marquês ali encerrara.

A aclamação da nova soberana realizou-se em 13 de Maio do mesmo ano de 1777. 

Começaram então as perseguições contra os parentes e os amigos do Marquês; arrancou-se o seu medalhão do monumento do Terreiro do Paço, e promoveu-se um processo, indo a Pombal dois desembargadores sujeitar a um interrogatório o velho estadista.
Condenado ao desterro da Corte, terminou amargurado os seus dias na vila de Pombal onde faleceu em 1782.
Em 1856, os seus restos mortais foram transladados para Lisboa, tendo sido depositados na Igreja da Memória."